quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Lembram do teste de Turing...

Aos alunos da Faban no ultimo semestre quando tivemos aula de inteligencia artificial nossa professora, Telma, reportou que nenhuma maquina ate o momento poderia "enganar" o ser humano, tanto que se propos o Teste de Turing. Entao segue uma materia sobre um concurso para desmitificar o teste.




Computadores discutiram, contaram piadas e enfrentaram pegadinhas verbais, como parte de um teste anual de inteligência artificial conduzido pela Universidade de Reading. Digitando em terminais de tela dupla, 12 voluntários mantinham no último domingo duas conversações simultaneamente: uma com um programa de chat e a outra com uma pessoa. Depois de cinco minutos, foram convidados a identificar quem era quem. E houve quem não estivesse muito certo quanto à identidade dos interlocutores.
"Em certo momento em que estava conversando com ambos, os dois papos tinham um elemento de humor. Isso me confundiu", disse Ian Andrews, um dos jurados, morador de Reading, logo a oeste de Londres.

Transcrições das conversas demonstram que alguns dos participantes logo tentaram identificar os programas de chat com pegadinhas sobre o clima do dia, o tumulto nas finanças mundiais e a cor de seus olhos. "Azuis, é claro", respondeu Eugene Goostman, um 'chatbot' criado por Vladimir Vesselov, um programador da Pensilvânia. Eugene era um dos cinco programas que competiam para se provarem capazes de fingir humanidade. Um sexto programa, chamado Alice, foi excluído porque não foi possível instalá-lo em tempo.

O Elbot, de Fred Roberts, levou o principal prêmio do dia: a medalha de bronze do prêmio Loebner de Inteligência Artificial, por ter conseguido enganar três dos juízes que o avaliaram. "Eu queria ser bom de papo como o Elbot", brincou Roberts, que trabalha como consultor em Hamburgo, na Alemanha, ao receber o prêmio.

O concurso utiliza as idéias do matemático britânico Alan Turing, que propôs uma regra subjetiva mas simples para determinar se máquinas podiam ser capazes de pensamento. Escrevendo em 1950, Turing argumentou que a conversação é prova de inteligência. Se um computador fala como uma pessoa, então para todos os fins práticos ele pensa como uma pessoa.

Mas é difícil julgar a eloqüência de um computador. Os seres humanos podiam ter preconceito contra a máquina. Por isso, Turing desenvolveu o teste no qual um jurado humano trocaria mensagens simultaneamente com uma máquina e com uma pessoa, sem ser informado sobre quem era quem. Se o jurado tivesse dificuldades para fazer a distinção, disse Turing, o computador satisfaria o padrão de inteligência humana.

No domingo, cada programa utilizava uma abordagem ligeiramente diferenciada. O Eugene fazia muitas referências à sua Odessa natal e à "tia Sônia, que vive na América".

O Cleverbot, de Rollo Carpenter, usava o humor para tentar iludir os jurados. Roberts diz que o Elbot funciona ao apanhar alguns dos jurados desprevenidos com respostas provocantes, ou sugerindo em tom brincalhão que não passava de uma máquina.

"Oi, como vai você?", começou um dos jurados. "Sinto-me péssimo hoje", respondeu o Elbot. "Cometi um erro de manhã e misturei leite aos meus cereais, em vez de óleo, e a comida enferrujou antes que eu pudesse comer". Roberts também diz que o Elbot tenta controlar a conversa, direcionando-a para longe de áreas que não está programado para enfrentar.

Turing morreu em 1954 e não deixou regras claras para a competição, mas o cientista e filantropo norte-americano Hugh Loebner vem conduzindo concursos anuais com base nos princípios de Turing desde 1991.

A medalha de bronze vai para o programa que melhor imite um diálogo humano em forma de mensagem de texto. Mas as medalhas de prata e ouro que ele também oferece ainda não foram distribuídas. A prata envolve teste mais longo e iludir ao menos metade dos juízes. O ouro iria para uma máquina capaz de processar informações sonoras e visuais, e não só texto.

A despeito de vencer, ou porque venceu, Roberts diz não aceitar o argumento de Turing. "Não acho que seja nada parecida com pensamento", ele disse sobre a habilidade de conversação do Elbot. "Se você sabe como um truque de mágica é feito, ele deixa de ser mágica. Lamento soar pessimista".

fonte: http://dihitt.com.br/nuzzi/noticia/robo-engana-jurados-em-teste-de-inteligencia-artificial-1#lermais

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